quinta-feira, 23 de julho de 2009

Privadas virtudes, públicos vícios?

Um estudo do banco de Portugal revelou que, um funcionário ganha hoje mais 75% do que um funcionário do sector privado, para a mesma posição. Claro que este estudo não teve a mínima intenção de culpar os trabalhadores públicos pelos buracos orçamentais, nem desviar as atenções para o despesismo do estado dos 700 milhões gastos para comprar um banco falido (BPN) ou encher os bolsos dos grandes empreiteiros em obras públicas de gosto e interesse duvidoso. Longe de nós afirmar tal coisa, por quem sois?


O presidente do Banco de Portugal depois de receber o seu salário de 250.000 euros

Longe de nós também insinuar que uma força de trabalho com 50% de licenciados, mestres ou doutorandos justifica uma diferença salarial dos trabalhadores do sector privado (com apenas 10% de licenciados e em grande parte sem sequer o 9ºano).

Longe de nós desconfiar destes números, quando se sabe que Médicos, Enfermeiros, Professores, Advogados, Administradores, Arquitectos e Engenheiros ganham mais no privado que no público.

Longe de nós interrogar-nos se esses valores têm em consideração o IRS mais alto que pagam os do público, o facto de não poderem fugir aos impostos, não declararem menos do que ganham, não terem prémios, bónus e outras gratificações "por baixo da mesa".

Longe de nós pensar que o facto dos colaboradores das grandes empresas ganharem por vezes dezenas de vezes menos que os seus gestores possa explicar baixos salários nesse sector.

Por quem sois, números são números, e nós até nem somos grande coisa a Matemática...

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Toca a mandar bitaites! Mas com higiene...