domingo, 18 de outubro de 2009

"Maitê" mas é f****!!!!


A brasileira Maitê Proença, conhecida de quem vê novelas (os gaijus só vêem o Canal Panda... e o Playboy. É o ecletismo) veio a Portugal e, certamente abalada por descobrir um país sem favelas, "arrastões", massacres de meninos de rua, jogo ilegal, crianças descalças e malandragem em geral, acabou ignorando toda a beleza e valor histórico e cultural dos sítios por onde passou, chegando mesmo a escarrar num deles. Pronto, ficam um bocado em Portugal e apanham logo os piores vícios. Aprender a agir e falar como gente civilizada é que é mais difícil....

Maitê lendo Pessoa: "Heterónimo? Isso é lá nome de poeta?"

Mas depois pediu desculpa, disse que era portuguesa porque o avô também era (WTF?) e acabou chamando burros aos portugueses que não perceberam o seu sentido de humor inteligente (???) do seu culturalmente elevado programa de televisão. Ah, era para rir? Das duas uma, ou o humor desta senhora é tão transcendente que nos ultrapassa, ou a tipa não tem mesmo é piada nenhuma...W

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Finalmente, acabou!

O raio da novela dos indianos, na SIC!!! Depois, claro, de repetirem o episódio final umas 40 vezes. Todo o homem casado, ajuntado ou similar, compreende bem a felicidade que se instala sempre que acaba uma novela. Até começar a seguinte...
Para as senhoras que já estão com saudades da "Companhia das Indías", os Gaijus oferecem o de que melhor se faz lá pelo famoso sub-continente indiano: Prabhu Deva.Com legendas, claro. He he.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Ora ganhas tu, ora ganho eu.

Depois de umas eleições legislativas onde toda a gente parece ter ganho alguma coisa, surge agora uma nova tendência, um resultado das autárquicas onde ao que parece há dois grandes e
incontestáveis vencedores. Em política, o que é verdade hoje é mentira amanhã. Mas neste caso mais parece que a meia-verdade de hoje de uns, é também a meia-mentira dos outros. e amanhã, serão o quê? Estamos deveras curiosos.
Uma coisa é certa, o Bloco de Esquerda perdeu. Verdade ontem e hoje, mas apenas um "percalço passado no caminho da esquerda progressista" de amanhã. É esperar...

Como tinha previsto o Oráculo dos Gaijus - que lêem o futuro nas borras deixadas na malga pelo vinho martelado - as autárquicas foram a palhaçada do costume. Isaltino ganhou e muita gente supostamente respeitável teve o desplante de dar a cara pelo homem (até Pachecho Pereira gabou como bom autarca). Mesquita ganhou a décima eleição seguida, provando que os bracarenses não querem saber se o homem é corrupto ou se entregou a cidade aos patos-bravos-barões-do-betão desde que continue a "ser bom viver em Braga". Gondomar teve o que mereceu, e leva outra vez com Valentim, ou pelo menos até ele ir para a cadeia e, surpresa das surpresas, Marco de Canavezes e Felgueiras (a cidade, não a ex-autarca com forte instinto migratório) ganharam juízo. Nem tudo é mau portanto.

No "país-real", saliente-se o caso ocorrido em Vila de Prado (Braga) onde a CDU não constou nos boletins de voto (situação que o Governador Civil achou aceitável, tendo deixado passar. "Afinal, quem raio vota na CDU, mesmo?", terá pensado). Já o "azeiteiro dos chouriços", João Seco Magalhães, candidato independente por Maximinos (Braga) deu uma abada a tudo e todos com maioria absolutíssima, provando que, afinal, até gostamos de autarcas que encham chouriços. Ah, e o Tino de Rans em Valongo, teve mais votos que BE e CDU (mas nem chegou aos 5%). Mais proletário que o Tino, não há!

Ai pode e deve, dizemos nós...

Bastante mais dramático foi o sucedido em Ermelo, Mondim de Basto (Distrito de Vila Real), onde o marido de uma candidata à Junta foi morto a tiro pelo candidato rival. Mas, numa região onde por amor, traição, dinheiro, jogo, um palmo de terra ou um curso de água se mata a tiro ou à sacholada, porque não por uma Junta com pouco mais de 200 almas?

Venham de lá as próximas!

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Maleável, eu?

Nós recomendámos o Yoga. Ou então uma maioria absoluta.

Vovô Soares aconselhou o tio Sócras a ser mais maleável, agora que não tem maioria absoluta. Esqueceu-se era que estamos a falar do Sócras...

É desta, Sílvio?

Ao que parece, o tribunal constitucional italiano vai revogar a lei que o próprio Berlusconi tinha criado para lhe conferir imunidade nos inúmeros processos de corrupção em que é arguido.

E perguntam agora os Gaijus, se Berlusconi for para a cadeia - ou fugir para o Brasil, que é moda nestas situações - onde poderemos encontrar momentos inspiradores como estes:




Até "Deus" muda de opinião!

Peter Kodwo Appiah Turkson, Cardela do Gana, admitiu que "Deus possa escolher um negro para Papa". Ao que parece, depois de 455 anos com a mania que os papas deviam ser italianos (até João Paulo II), agora parece que "Deus" está disposto a pensar num negro para o lugar. Devia estar à espera que os americanos fizessem o mesmo com o seu presidente...

domingo, 4 de outubro de 2009

Malditos hackers...

Só mesmo um infoexcluido de 70 anos iria para a televisão dizer que desconfia da segurança do seu sistema informático. Resultado? Este.

sábado, 3 de outubro de 2009

Os hinos de campanha

Bora lá votar no mais azeiteiro.

É pena não estar lá, senão votava no do Menezes...

UÁTAFAQUE, Monsieur le President????

Então começa a campanha para as autárquicas, e a primeira palhaçada é do Presidente da República?


Vamos lá então e troquemos isto por miúdos, como diria o Carlos Cruz.

"não existe em nenhuma declaração ou escrito do Presidente qualquer referência a escutas ou a algo com significado semelhante"

Nem precisa. Gente importante manda os assessores contar isto aos jornalistas ao sabor dum cafezito da esplanada mais recatada. Temos um presidente chique, essa é que é essa.

"Desafio qualquer um a verificar o que acabo de dizer"

Chique, e com tomates, ainda por cima. Quantos são, quantos são?

"E tudo isto sendo sabido que a Presidência da República é um órgão unipessoal e que só o Presidente da República fala em nome dele ou então os seus chefes da Casa Civil ou da Casa Militar."

Como aconteceu. Cavaco não só não desmente como reitera que os membros da casa civil podem falar em nome dele. Há dúvidas? Não? Já agora, não acham isto de falar de si mesmo na terceira do mais "Mestre Yoda" que pode haver?

"Porquê toda aquela manipulação? Transmito-vos, a título excepcional, porque as circunstâncias o exigem, a minha interpretação dos factos."

"E depois remeto-me outra vez ao silêncio, que isto de ouvir aquilo que o Presidente tem a dizer sobre assuntos de estado não pode ser todos os anos..."

"Outros poderão pensar de forma diferente. Mas os portugueses têm o direito de saber o que pensou e continua a pensar o Presidente da República."

Pois, mas afinal em raio estás tu a pensar, Aníbal, que já nos estás a dar seca há 5 minutos? Desembucha, homem!!!

"Durante o mês de Agosto, na minha casa no Algarve, quando dedicava boa parte do meu tempo à análise dos diplomas que tinha levado comigo para efeitos de promulgação, fui surpreendido com declarações de destacadas personalidades do partido do Governo exigindo ao Presidente da República que interrompesse as férias e viesse falar sobre a participação de membros da sua casa civil na elaboração do programa do PSD (o que, de acordo com a informação que me foi prestada, era mentira)."

Gabarola, tanta coisa só para dizer que tem casa de férias no Algarve!!!

"E não tenho conhecimento de que no tempo dos presidentes que me antecederam no cargo, os membros das respectivas casas civis tenham sido limitados na sua liberdade cívica, incluindo contactos com os partidos a que pertenciam".

Mas então, se o podem fazer, porque raio é tão importante desmentir que o tenham feito?

"Considerei graves aquelas declarações, um tipo de ultimato dirigido ao Presidente da República.A leitura pessoal que fiz dessas declarações foi a seguinte (normalmente não revelo a leitura pessoal que faço de declarações de políticos, mas, nas presentes circunstâncias, sou forçado a abrir uma excepção)."

Ui, ui, agora é que vai ser!!!

"Primeiro: Puxar o Presidente para a luta político-partidária, encostando-o ao PSD, apesar de todos saberem que eu, pela minha maneira de ser, sou particularmente rigoroso na isenção em relação a todas as forças partidárias."

Embora nunca tenha deixado de ser militante, claro. Uma coisa não tem nada a ver com outra, por quem sois...pelo PSD, claro.

"Segundo: Desviar as atenções do debate eleitoral das questões que realmente preocupavam os cidadãos."

O desplante, com coisas tão secundárias como o facto do Presidente da República desconfiar que o governo o anda a espiar, tornando insustentável a tensão entre as instituições democráticas.

" Muito do que depois foi dito ou escrito envolvendo o meu nome interpretei-o como visando consolidar aqueles dois objectivos. Incluindo as interrogações que qualquer cidadão pode fazer sobre como é que aqueles políticos sabiam dos passos dados por membros da Casa Civil da Presidência da República. Incluindo mesmo as interrogações atribuídas a um membro da minha Casa Civil, de que não tive conhecimento prévio e que tenho algumas dúvidas quanto aos termos exactos em que possam ter sido produzidas."

"Aliás, só despeço alguém que trabalha comigo há mais de vinte anos se não tiver a certeza que ele fez alguma coisa errada"

"Mas onde está o crime de alguém, a título pessoal, se interrogar sobre a razão das declarações políticas de outrem?"

Nenhum. Assim como não o é passar essas suas interrogações, alegadamente a pedido do próprio PR, a um jornalista. Mas se não é crime de lesa-presidente, porque raio o despediu? Ah, pois é, porque não tinha certeza se o tinha feito ou não...

"E a mesma leitura fiz da publicação num jornal diário de um e-mail, velho de 17 meses, trocado entre jornalistas de um outro diário, sobre um assessor do gabinete do Primeiro-Ministro que esteve presente durante a visita que efectuei à Madeira, em Abril de 2008. Desconhecia totalmente a existência e o conteúdo do referido e-mail e, pessoalmente, tenho sérias dúvidas quanto à veracidade das afirmações nele contidas."

"Mas pelo sim, pelo não, despedi o Nandinho e mandei inspeccionar o meu gabinete"

"Não conheço o assessor do Primeiro-Ministro nele referido, não sei com quem falou, não sei o que viu ou ouviu durante a minha visita à Madeira e se disso fez ou não relatos a alguém. Sobre mim próprio teria pouco a relatar que não fosse de todos conhecido. E por isso não atribuí qualquer importância à sua presença quando soube que tinha acompanhado a minha visita à Madeira."

Ou seja, era apenas mais um mitra a comer à borla na mesa presidencial sem ninguém o ter convidado. Deve haver muitos, então. Para a próxima reserve aí seis lugares que os Gaijus andam com uma larica...

A primeira interrogação que fiz a mim próprio quando tive conhecimento da publicação do e-mail foi a seguinte: “porque é que é publicado agora, a uma semana do acto eleitoral, quando já passaram 17 meses”?

E não foi "porra, porque raio anda um assessor meu a contar secretamente aos jornalistas das minhas suspeições do Governo"?

"Liguei imediatamente a publicação do e-mail aos objectivos visados pelas declarações produzidas em meados de Agosto. E, pessoalmente, confesso que não consigo ver bem onde está o crime de um cidadão, mesmo que seja membro do staff da casa civil do Presidente, ter sentimentos de desconfiança ou de outra natureza em relação a atitudes de outras pessoas."

Pois, não há mal nenhum num assessor, membro da casa civil e amigo pessoal do Presidente da República - um cidadão normalíssimo, portanto - desconfiar seja de quem for. Já dizer que foi o Presidente que o mandou chibar-se nos jornais é mais chunga, dizemos nós...

"Mas o e-mail publicado deixava a dúvida na opinião pública sobre se teria sido violada uma regra básica que vigora na Presidência da República: ninguém está autorizado a falar em nome do Presidente da República, a não ser os seus chefes da Casa Civil e da Casa Militar. E embora me tenha sido garantido que tal não aconteceu, eu não podia deixar que a dúvida permanecesse. Foi por isso, e só por isso, que procedi a alterações na minha Casa Civil."

Já não tínhamos ouvido isto antes? Pronto, assim reforça a ideia...

"A segunda interrogação que a publicação do referido e-mail me suscitou foi a seguinte: “será possível alguém do exterior entrar no meu computador e conhecer os meus e-mails? Estará a informação confidencial contida nos computadores da Presidência da República suficientemente protegida?"

Mas que raio tem isto a ver? Alguém mandou um mail da Casa Civil? Nicles. Alguém entrou secretamente nos computadores do "Público"? Nem por isso. Alguém anda a mitrar uma actualização à pála do anti-vírus dos computadores lá de casa e, já agora, do Magalhães dos netos? Ah, malandro!

"Foi para esclarecer esta questão que hoje ouvi várias entidades com responsabilidades na área da segurança. Fiquei a saber que existem vulnerabilidades e pedi que se estudasse a forma de as reduzir."

Ou seja, não há razão para suspeitar de escutas, mas pelo sim pelo não vamos lá ver onde é que elas andam.

"Um Presidente da República tem, às vezes, que enfrentar problemas bem difíceis, assistir a graves manipulações, mas tem que ser capaz de resistir, em nome do que considera ser o superior interesse nacional. Mesmo que isso lhe possa causar custos pessoais. Para mim Portugal está primeiro."

Para nós também, logo a seguir ao Benfica. Ó pra ele a ser estóico, todo "dêem-me que eu não me queixo, mas amuo".

"O Presidente da República não cede a pressões nem se deixa condicionar, seja por quem for."

Excepto pelos Media, pelo PSD, pelo PS, pelo Sócras e pelos assessores. Ah, e os netos, claro.

"Foi por isso que entendi dever manter-me em silêncio durante a campanha eleitoral. Agora, passada a disputa eleitoral, e porque considero que foram ultrapassados os limites do tolerável e da decência, espero que os portugueses compreendam que fui forçado a fazer algo que não costumo fazer: partilhar convosco, em público, a interpretação que fiz sobre um assunto que inundou a comunicação social durante vários dias sem que alguma vez a ele eu me tenha referido, directa ou indirectamente. E sabendo todos que a Presidência da República é um órgão unipessoal e que, sobre as suas posições, só o Presidente se pronuncia."

Do tipo "Vá, dêem valor a este gesto magnânime de dar o meu parecer sobre assuntos de estado de elevada gravidade, mas só porque ultrapassaram o limite da decência. Enquanto eram só moderadamente indecentes, ainda me marimbei para a cena"

"Uma última palavra quero dirigir aos portugueses: podem estar certos de que, por maiores que sejam as dificuldades, estarei aqui para defender os superiores interesses de Portugal."

Isso já sabíamos, senão não tinha feito tanto para que a Tia Manela perdesse as eleições. Escusava era de ajudar a ganhar ao Sócras ...