Todo o processo, que envolve 14 arguidos - incluindo cinco inspectores do SEF, quatro dos quais condenados a penas, suspensas claro está - baseou-se em escutas telefónicas, nas quais se provou ter havido corrupção dos serviços públicos, falsificação de documentos, falsificação de contratos de trabalho através de empresas fictícias ou casamentos arranjados, em troca de dinheiro. O inspector José Bessa ‘agilizava’ ainda processos de legalização em troca de favores sexuais das cidadãs ilegais. Há que inspeccionar tudo, compreende-se.
Estima-se que entre 2001 e 2006 mais de 250 imigrantes, oriundos na sua maioria do Brasil e países do Leste, conseguiram obter autorização de permanência no País através deste esquema. O mais certo é que a maior parte tenha entretanto imigrado para o Edifício Mantas, em Vila Real.
O SEF colaborou nas investigações. José Bessa foi imediatamente suspenso de funções e alvo de um processo disciplinar que entretanto ficou à espera de decisão judicial. No entanto, há cerca de um ano, fintou toda a gente e reformou-se (já agora, que competente funcionário da Segurança Social facilitou tão rápido pedido de reforma?) e cortou qualquer ligação ao serviço. Foi agora condenado a pena suspensa. Ou seja: gamou, aldrabou, ganhou por fora, comeu brasileiras, ucranianas e cães-e-gatos-e-mais-o-que-lhe-valesse, mitrou umas camisolas e bilhetes e agora vai gozar uma reformita de Inspector de Polícia, nos conformes. Ah, campeão!
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Toca a mandar bitaites! Mas com higiene...